A artesã Alice Yozhiyoka, professora de cartonagem projetada no Canal do Artesanato, tem muita história para contar e mais ainda para ensinar. Com várias aulas produzidas, a professora contou para nós como começou no artesanato, uniu seus conhecimentos do trabalho à cartonagem e outras curiosidades da sua vida. Acompanhe:
Conte-nos um
pouco de suas origens: onde nasceu, o que gostava de fazer quando criança.
Nasci em São
Paulo, mudei e morei em Ribeirão Pires até os meus 25 anos.
Minha infância foi muito divertida, conseguia brincar na rua.
Imagine uma amarelinha em cada calçada, empinar pipa, jogar bafo, brincar
de polícia e ladrão entre quatro casas, um brejo com rãs que os meninos
pegavam e deixavam em baldes, andar de bicicleta, jogar voltei no meio da
rua.
Minha
tristeza era não poder comer bolo e bolachas por conta de alergia.
Minha mãe me ensinou a bordar, costurar, fazer crochê e tricô quando
eu ainda era criança. Eu aprendi japonês primeiro e adorava passar o dia na
minha avó lendo os mangás (quadrinhos japoneses). Gostava de consertar coisas,
como o meu pai e achava mais divertido do que brincar de boneca.
E o primeiro
contato com a cartonagem, como foi?
Não faz
muito tempo que conheci a cartonagem. No início, achei lindo e difícil.
Fazia apenas capas de agenda. Pintava araras e tucanos e formava as capas com
Chita. Era sucesso na loja.
Como você começou a trabalhar com artesanato?
Sempre gostei de artesanato. Trabalhava na
indústria, mas fazia aulas aos sábados. Quando minha filha nasceu, parei de
trabalhar e, depois de alguns anos, comecei a fazer cartões de papel vegetal.
Fiz várias aulas de pintura em tecido. Forneço peças pintadas há dez anos para
a mesma loja e minha especialidade são as araras e tucanos.
O estilo da sua
cartonagem é projetada. No que consiste a cartonagem projetada e quais são seus
benefícios?
A cartonagem projetada veio do desenho técnico
mecânico. Eu era desenhista mecânico de produtos numa indústria automotiva. Juntei
o conhecimento com a cartonagem pela semelhança dos projetos e deu certo.
Sentia que minhas alunas queriam aprender a desenhar e montar as peças.
Ela auxilia quem gosta de projetos próprios,
mas não tem o conhecimento de técnica para colocar o projeto imaginado no papel
e depois cortar e dar forma. Como digo sempre, crio a peça para várias
finalidades: nunca serve apenas para uma utilidade. Construo a caixa para guardar
ou transportar o que for preciso.
O jeito
de aprender artesanato melhorou?
Hoje, com a ajuda da tecnologia, temos como
aprender muitas técnicas. Gosto muito de mixar técnicas diferentes e fazer algo
inovador. Por isso juntei com a marchetaria e acho que enriqueceu as duas
aulas.
Como o Canal
pode ajudar mais as pessoas a praticarem arte com as mãos?
O canal vem ao encontro das pessoas que não
tem possibilidade de frequentar aulas presenciais por vários motivos. As aulas
ficam à disposição das alunas 24 horas por dia. Elas escolhem quando podem
assistir e praticar. A ideia é fantástica, e o preço pago pela comodidade é
irrisório.
Não há como negar que o time de professores e
as técnicas são muito bons. Temos que convidar todos para aproveitar essa
grande ideia.
Aproveite e confira o vídeo da professora apresentando o Canal:
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